Poeta Josessandro Andrade lança Livro na Bienal, hoje em Olinda

O poeta Josessandro Andrade lançará, hoje, (06), às 16h, no Mangue cultural,  estande 8 da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, localizada no Centro de Convenções, em Olinda.

Com Cheiro de Mar e Quixabeira traz a poesia de Josessandro Andrade, que vai da temática e arquitetura urbana em versos livres e concretos até poemas de pura artesania rural, de clara linhagem regional-sertaneja. Condensando influências dos Mestres do Moxotó aos ícones da Poesia brasileira e universal contemporânea, (tais como Walt Whitman, Rimbaud, Maiakovski, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, Alberto da Cunha Melo) Josessandro oferece ao leitor uma poesia legitimamente Moxotesca, com raízes no Sertão do Moxotó, mas antenada à literatura moderna, sendo avalizada por nomes como Marcos Cordeiro, Antônio Jorge de Siqueira, Zito Jr, Wilson Freire, João Vale, Ésio Rafael, Lailton Araujo, Alberto Oliveira, Antônio Amaral, Luiz Wilson, Luiz Pinheiro, Genival Pereira (Gato Novo), Hamilton Rodrigues e Adilson Freire, todos conterrâneos seus de Sertânia. A obra que é a estréia oficial do escritor, é também o primeiro livro da editora, Moxotó Produções, sertaniense como o autor.

No Livro há um passeio por diversos estilos e tendências, desde o verso livre a poesia clássica convencional, passando por poemas de nítida influência popular, cordéis, até chegar a poesia concreta e outras formas de vanguarda. O Trabalho reúne poemas escritos da década de 1990 até a primeira década dos anos 2000. De acordo com o escritor Dr. Antônio Jorge de Siqueira, Professor de História da UFPE, autor do prefácio, “Em Josessandro, (...) a artesania das palavras se faz nessa fulguração do nada, porque esbanja plenitude de possíveis. Em sua inspirada criação poética irrompem plenitudes e possibilidades, sim; especialmente quando ele, através de sua estilística, empreende uma itinerância nos bosques da memória, nas experiências de vida, nas sociabilidades compartilhadas, nos sentimentos de sua alma inquieta de jovem em que os anos não esmaeceram o brilho nos olhos.”, analisa Siqueira. Já para João Vale, Mestre em Jornalismo, “Josessandro Andrade criou uma poesia de presentificação e apresentação do dia-a-dia do homem e mulher comum da sua região. O Moxotó, rio que nomeia a região e possui a nascente em Sertânia, abrigou e protegeu os índios Kambiwá e não só: fertilizou as terras com uma incrível produção poética que, desde há muito produz escritores fantásticos e profílicos como os Mestres Ulysses Lins, o “Trovador do Moxotó” (1º Poeta do Sertão a fazer parte da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira nº 1), Waldemar Cordeiro “O gênio do Lirismo”, Alcides Lopes de Siqueira, vencedor de Concursos da Academia Brasileira de Letras, além de Marcelino Freire, ganhador do Jabuti 2006 na categoria contos e recentemente do Prêmio Biblioteca nacional na categoria Romance”, relata João.  Lailton Araujo, escritor e músico, radicado em São Paulo, aponta a criticidade e a contestação social como destaques na obra. “Percebo que foi escrito em transe, observando a sociedade, com os olhos críticos, sensibilidade apurada e mãos de um grande poeta. É um livro impessoal na maioria dos textos e contestador. Será obrigatório nas cabeceiras de leitores de bom gosto e bibliotecas de pesquisas culturais.”, resume Araujo. 

Josessandro Andrade é um dos editores do Jornal de Poesia Cabeça de Rato, fundado em 1988, em sua terra Sertânia-Pe, e que até hoje divulga poetas dos Sertões do Moxotó e Pajeú Pernambucano e do Cariri paraibano. Publicou seus poemas durante muito tempo em jornais alternativos e hoje tem seu trabalho destacado na internet no Site Portal Interpoetíca (Cida Pedrosa e Sennor Ramos), e o blog literário Domingo com Poesia (Natanael Lima). É o coordenador de Literatura da Comissão representativa de cultura da microrregião do Sertão do Moxotó e o representante do Sertão na Comissão Setorial de Literatura de Pernambuco. Entre as várias premiações acumuladas, destaca-se o Prêmio Nacional Viva a Leitura, dos Ministérios da Educação e da Cultura, por ter criado e realizado o FLIS- Festival Literário do Sertão, evento que congrega e promove intercâmbio entre escritores e platéias da capital e do interior sertanejo. Ele ainda é o idealizador do Espaço “Casa dos Poetas”, que reúne os poetas para difusão da arte da poesia livresca, da literatura de cordel, do aboio e da toada, além da Cantoria de viola. Tem ministrado oficinas e palestras na Universidade Estadual da Paraíba- UEPB, Academia Pernambucana de Letras-APL, Jornada Literária do SESC, Bienal Internacional do Livro de Pernambuco e realizado recitais em Recife, Arcoverde, Pesqueira, Tupanatinga, Itapetim, Ingazeira, Afogados da Ingazeira e Monteiro, este último na Paraíba.

Com inúmeros títulos ainda inéditos, Josessandro está criando com o primo e também escritor Luiz Pinheiro, uma editora, a Moxotó produções para publicar os poetas de sua região, criando uma alternativa para os que não dispõem de meios para tal. Artista múltiplo tem peças teatrais encenadas e premiadas em festivais, além de, como compositor, ter músicas gravadas por artistas como Luiz Wilson e Heures Tavares, afora outras ainda inéditas com parceiros como Zé Luiz, Antônio Amaral, Anacleto Carvalho, César Amaral, Duval Brito, Luiz Freire, Jailson Santana, Fabiano Feitosa e Marcelo Ferreira, nos ritmos mais variados como Arrasta pé, Xote, Baião, Frevo, Rock e Toada. Já publicou meia dezena de folhetos de cordel, todos esgotados. Tem participação no filme documentário e livro “Poetas de Repente”, de Hilton Lacerda, exibido na TV escola e distribuído prá mais de 50 países, no DVD “Missa dos Poetas de Sertânia”, bem como é autor do Roteiro do Vídeo “Nassau do Sertão”, dirigido por Guilherme Araujo (Índio Xucurú, neto do Cacique Chicão), documentário que conta em linguagem do cordel a vida e a obra do Padre Holandês Cristiano Jacobs, que é apresentado na tela pelo poeta. O Texto do roteiro é o mesmo do cordel homônimo, que foi fixado em uma placa de bronze, aposta na Casa do Ancião sertaniense, ao lado de um poema de, nada mais nada menos que Pinto do Monteiro, o maior poeta popular nordestino, que morou em Sertânia e que Josessandro conheceu em vida, andando pelas ruas da cidade.

Lançamentos:

- Terça feira, 6 de outubro de 2015 as 16h

Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

no Mangue Cultural, estande 8

Centro de Convenções

-Sexta- feira- 09 de outubro de 2015 às 19h
Casa dos Poetas – Rua das Tabocas- Sn
Centro- Sertânia-Pe

-Sábado – 10 de outubro de 2015
Livraria Lira Cultural (Pré–Lançamento) às 15h
Cachaçaria Riacho do Mel (Lançamento às 17 horas)- Rua Padre Felix Barreto, 41, Arcoverde-PE

-Sábado- 31 de outubro de 2015, às 16 horas
Casa Progresso
Livraria e Casa de artesanato
Praça da Saudade- Sn
Centro
Monteiro-PB