A OMS Organização
Mundial da Saúde afirmou nesta segunda-feira (25) que está investigando um caso
de transmissão do zika vírus por contato sexual, sem dar detalhes de onde e
quando o caso teria ocorrido.
“O zika já foi
isolado em sêmem humano, e já foi descrito um possível caso de transmissão
sexual de pessoa-para-pessoa”, afirmou um comunicado da OMS, distribuído pela
agência de notícias Reuters. “Mais evidência porém, é necessária para confirmar
se o contato sexual é um modo de transmissão.”
O relato foi
divulgado durante o encontro do painel executivo da entidade, em Genebra, que
discute epidemias em escala global. A única via de transmissão confirmada para
o vírus é o mosquito Aedes aegypti, mas outras estão sendo investigadas. Não há
nenhuma evidência ainda de transmissão pelo leite materno.
Sêmen
Um estudo publicado na revista científica “Emerging Infectious Diseases” em maio de 2011 relata o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal para os EUA em 2008, quando o país africano era acometido por surto do zika vírus, desenvolveu os sintomas da infecção já em casa, no estado do Colorado.
Um estudo publicado na revista científica “Emerging Infectious Diseases” em maio de 2011 relata o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal para os EUA em 2008, quando o país africano era acometido por surto do zika vírus, desenvolveu os sintomas da infecção já em casa, no estado do Colorado.
O fato de sua
mulher, que não saíra dos EUA, também ter sido infectada pelo zika foi
interpretado pelos pesquisadores como um indício de uma possível transmissão
sexual, pelo sêmen, do vírus. A OMS não confirmou, porém, se a investigação
conduzida agora se refere a esse caso.
Américas
O mais recente comunicado da entidade afirma que o zika vírus, associado a casos de microcefalia, deve se espalhar por todos os países das Américas, com exceção do Canadá e do Chile.
O mais recente comunicado da entidade afirma que o zika vírus, associado a casos de microcefalia, deve se espalhar por todos os países das Américas, com exceção do Canadá e do Chile.
Segundo a agência
internacional, a doença já está presente em 21 países e territórios da região,
tendo se espalhado desde março de 2015. A disseminação rápida se deve à baixa
imunidade que a população local possui para o vírus, originário da África.
Em áreas
continentais, já relataram casos 15 países: Brasil, Suriname, El Salvador,
Guatemala, Paraguai, México, Venezuela, Panamá, Honduras, Guiana Francesa,
Colômbia, Guiana, Equador, e Bolívia. No Caribe, foram afetados Guadalupe,
Martinica, São Martinho, República Dominicana, Haiti, Porto Rico e Barbados.
Viagens
A OMS recomendou às mulheres que viajarem para regiões onde há casos da doença
que procurem um profissional da saúde antes e depois da viagem.
Segundo a agência, ainda não está claro por que o vírus parece estar causando
microcefalia no Brasil.
A diretora-geral da
OMS, Margaret Chan, afirmou em encontro do painel executivo da entidade que
pediu a Carissa Etienne, chefe da OMS nas Américas, que produza um novo
relatório sobre a situação na região no fim desta semana.
“Apesar de uma
ligação causal entre a infecção por zika na gravidez e a microcefalia não ter
sido estabelecida, e enfatizo que não o foi, a evidência circunstancial é
sugestiva e extremamente preocupante”, afirmou Chan. “Um aumento na ocorrência
de sintomas neurológicos, percebida em alguns países em coincidência com a
chegada do vírus, se soma à preocupação.”