O governo federal
reativa hoje (28) o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido
como Conselhão, com o objetivo de receber sugestões para reativar a economia. O
órgão vai contar com 47 empresários e 45 representantes da sociedade civil e
das centrais sindicais. Apesar da intenção de ouvir os conselheiros sobre as
medidas a serem adotadas para recuperar o crescimento, a expectativa é de que a
área econômica anuncie medidas de estímulo ao crédito e ao aumento das
exportações.
Durante a reunião,
que ocorre à tarde em Brasília, a previsão é de que sejam escolhidos oito
conselheiros para fazer intervenções, como Luiz Carlos Trabuco (Bradesco),
Luiza Trajano (Magazine Luiza), Miguel Torres (Força Sindical) e Vagner Freitas
(CUT), entre outros. O discurso de abertura será feito pelo ministro da Casa
Civil, Jaques Wagner, escalado por Dilma para organizar a reativação do
Conselhão, que apresentará as expectativas do governo com as atividades do
órgão.
O objetivo do
Palácio do Planalto é de que pelo menos quatro grupos temáticos sejam criados
pelos conselheiros para discutir assuntos específicos e apresentar na próxima
reunião. Um dos assuntos pode ser a reforma da Previdência, que a presidenta
Dilma Rousseff vem citando como um dos problemas que o Brasil tem de enfrentar.
Depois das
apresentações dos integrantes do Conselhão, cinco ministros foram escolhidos
para falar: Nelson Barbosa (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central),
Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Kátia Abreu
(Agricultura) e Valdir Simão (Planejamento). O presidente do Banco Central
abordará a importância da política monetária. Além de anunciar “medidas
tópicas” para reativar a economia, Nelson Barbosa deve destacar a necessidade
da aprovação de projetos de impacto econômico no Congresso Nacional, como a
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação
de Receitas da União (DRU).
Com renovação de 70%
em sua composição, esta é a primeira vez que o Conselhão se reunirá depois de
um ano e meio paralisado. De acordo com o ministro Jaques Wagner, “ampliar o
diálogo com a sociedade” é uma das principais metas do governo este ano.
Segundo ele, a nova composição do órgão foi feita privilegiando a diversidade.
Os debates do Conselhão devem ser fechados à imprensa.