Preocupada com o
recrudescimento de manifestações, hoje (12) em São Paulo, por conta do
aumento das tarifas de transportes, a presidente Dilma Rousseff pediu
informações à sua assessoria sobre os últimos acontecimentos. Dilma teme que,
em meio aos problemas econômicos e políticos que está enfrentando, este tipo de
manifestação, que na sexta-feira passada atingiu Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e também São Paulo, se torne repetitivo e possa se alastrar para outras
cidades, onde também houve aumento de tarifa de transportes urbanos.
A presidente quis
saber em quais cidades as passagens haviam aumentado, qual o valor do aumento e
como isso estava sendo recebido nos diferentes pontos do País. Não há ainda uma
orientação do Planalto ou a tentativa de conversas com segmentos diferentes sobre
este assunto. O que o governo federal não quer é que se espalhe pelo País um
clima de turbulência por conta destes aumentos, em um momento em que a
população começa a ser atingida pelo desemprego e alta dos preços e,
consequentemente, da elevação da inflação.
O movimento desta
terça-feira (12), em São Paulo, foi organizado pelo Movimento do Passe Livre.
Os manifestantes pedem a revogação do reajuste das passagens cuja tarifa passou
de R$ 3,50 para R$ 3,80 no sábado passado. Nos protestos de sexta-feira passada,
mascarados quebraram ônibus, bancos e prédios públicos e privados.
No Rio de Janeiro, a
tarifa subiu no sábado, dia 2 de janeiro, de R$ 3,40 para R$ 3,80, o que
representou aumento de 11,7%. Em Belo Horizonte, a tarifa passou de R$ 3,40
para R$ 3,70 no dia 3 de janeiro, sofrendo aumento de 8,82%. Foi o terceiro
reajuste em um ano na capital mineira.
A preocupação maior
do governo é que, com tantos ingredientes negativos, eles possam ser capazes de
reascender protestos pelo País, repetindo o que houve em 2013. Em junho de
2013, uma série de protestos do Movimento Passe Livre (MPL) marcou o anúncio de
aumento nas tarifas de transporte público, que, à época, seria de R$ 3 para R$
3,20, obrigando o prefeito petista Fernando Haddad a recuar.