Uma recepção fria para o catarinense Paulo Roberto
Falcão, que chegou ao Recife na noite desta segunda-feira (21). O novo
técnico do Sport recebeu as "boas-vindas" de diretores do clube e
apenas quatro torcedores. Ele passou pelo saguão do aeroporto rapidamente, sem
conceder entrevistas, mas parou para tirar fotos com um fã. Aos jornalistas,
limitou-se a dizer que estava feliz com o "desafio bom" de dirigir o
Leão.
Nesta terça-feira, às 12h30, o substituto de
Eduardo Baptista será apresentado oficialmente. Nem terá tempo para descansar.
À tarde, vai para o campo dirigir o primeiro treino à frente da equipe. Na
quarta, fará sua estréia na partida contra o argentino Huracán, na Ilha do
Retiro, pelo confronto de ida das oitavas de final da Sul-Americana. Será o
primeiro de muitos desafios que terá no comando do Leão neste restante de
temporada.
Paulo Roberto Falcão herda um elenco sob enorme
pressão e com a confiança abalada devido a uma sequência de tropeços no
Brasileirão (uma vitória nas últimas 12 rodadas), resultados que fizeram o
Sport despencar na tabela e se aproximar perigosamente da zona do rebaixamento.
No momento, é o 11º colocado, com apenas seis pontos de vantagem para o
Z-4.
O treinador terá que devolver o moral ao time e
ainda recuperar individualmente atletas que andam devendo tecnicamente, como o
zagueiro Durval, o lateral-esquerdo Renê, o volante Rithely, o meia Diego Souza
e os atacantes Maikon Leite e Marlone. Trabalho dificultado pela maratona de
jogos que os rubro-negros vêm encarando, que mal deixa espaços na agenda do
clube para treinos.
Para piorar, a tabela do Brasileirão prevê
dificuldades para Falcão à frente do Sport. Serão seis partidas dentro de casa,
quatro contra times que lutam pelo G-4 e pelo título (Corinthians, Atlético-MG,
Grêmio e Atlético-PR) e duas contra equipes que tentam fugir da zona do
rebaixamento (Chapecoense e Avaí). Fora, onde o Leão ainda não venceu no
campeonato, enfrenta Internacional, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Ponte
Preta. Só as vitórias vão devolver a confiança ao elenco e à torcida
rubro-negra, que anda com a “pulga atrás da orelha” com o clube após um início
avassalador na Série A.
O Sport é o quarto clube na carreira de Falcão como
técnico. Antes, dirigiu América do México (1991 e 1992), Internacional (1993 e
2011) e Bahia (2012). O catarinense ainda passou pelo comando das seleções do
Brasil (1991) e do Japão (1994).
Do JC