A defesa de Lidiane
Leite, ex-prefeita de Bom Jardim (MA), conseguiu suspender na madrugada desta
terça-feira (29) a decisão da juíza Ana Maria Almeida Vieira, titular da 1ª
Vara de Execuções Penais de São Luís e Corregedora dos Presídios, que
determinou a transferência imediata dela para a Penitenciária Feminina de
Pedrinhas, no Maranhão.
Com isso, a
ex-prefeita passou a noite em um confortável alojamento no Presídio do Comando
Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA). O local é usado pelos
oficiais médicos da corporação. O quarto tem janela, banheiro, duas camas de
solteiro e está equipado com televisão, frigobar e ar-condicionado. A TV e o
frigobar, porém, teriam sido retirados do alojamento por ordem judicial.
Suspeita de desvios
milionários da educação do município, Lidiane ficou 39 dias foragida da polícia
e se entregou nesta segunda (28).
Por volta de 0h30
desta terça, ela chegou a ser levada pela Secretaria de Administração
Penitenciária (Sejap) para o Complexo de Pedrinhas, mas, com a liminar desta
madrugada, fica valendo o entendimento do juiz da 2ª Vara da Justiça Federal,
José Magno Linhares, determinando que a ex-prefeita fique no Corpo de
Bombeiros. O magistrado considerou que o presídio de Pedrinhas é um risco à
integridade de Lidiane.
A ex-prefeita se
entregou à Polícia Federal às 13h de segunda. Ela entrou pelos fundos da sede
da Superintendência da Polícia Federal, em São Luís, acompanhada por três
advogados, e passou a tarde prestando depoimento. A prisão dela foi decretada
na Operação Éden, da PF.
Na última
sexta-feira (25), o juiz José Magno Linhares havia estipulado o prazo de 72
horas para que Lidiane Leite se entregasse à Polícia Federal.