Pernambuco tem 12
casos confirmados de microcefalia relacionados ao vírus zika. Os dados foram
repassados pela Secretaria de Saúde do estado nesta quarta-feira (3), em uma
coletiva de imprensa. De acordo com o boletim mais recente, até o dia 30 de
janeiro, 153 bebês tiveram o diagnóstico confirmado da malformação através de
exames de imagem.
O diagnóstico de
microcefalia ligado ao zika foi feito através de um exame alternativo, a
sorologia, que procura detectar a presença de um anticorpo específico no
Líquido Cérvico-Raquidiano (LCR), na medula da criança. As análises foram
coletadas pelo centro de pesquisas Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz.
“O ideal é detectar
o vírus, seja pelo isolamento, seja pela procura do genoma do vírus. A outra
possibilidade é por esse exame, que procura o anticorpo IGM, que não atravessa a
placenta. E, nessas 12 crianças, foi encontrado esse anticorpo para
microcefalia”, explicou a pesquisadora Marli Tenório.
Ainda de acordo com
a cientista, o número de casos relacionados ainda não é suficiente para
comprovar que o zika pode causar a microcefalia nos bebês e as pesquisas
continuam. “Estamos testando mais 28 amostras. Você tem que associar o achado
laboratorial com a clínica”, detalhou a pesquisadora. Das 12 crianças, 11
nasceram no Imip e uma no Hospital Barão de Lucena, ambos no Recife.
Desde 1º de agosto,
1.447 casos de bebês com microcefalia foram notificados em Pernambuco. Destes,
153 foram confirmados através de exames de imagem e outros 135 foram
descartados pelos médicos. Do total de bebês notificados, 543 (37,5%) atendem
aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) para microcefalia, que
identifica a malformação em bebês com perímetro cefálico igual ou menor que 32
centímetros.