O Ministério da
Saúde confirmou a terceira morte pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito
Aedes aegypti, no Brasil.
O paciente era uma
jovem de 20 anos, do município de Serrinha, no Rio Grande do Norte. Ela ficou
internada em Natal durante 11 dias com problemas respiratórios. A morte foi em
abril do ano passado, mas o resultado dos exames saiu apenas agora.
No final de
novembro, o Instituto Evandro Chagas confirmou o primeiro caso de morte pelo
vírus da zika no Brasil. A vítima foi um homem que morava no estado do
Maranhão. Segundo os especialistas, o paciente tinha lúpus, uma doença que
afeta o sistema imunológico, e por isso não resistiu à zika.
O segundo caso de
morte ligada ao vírus da zika foi o de uma menina de 16 anos, do município de
Benevides, no Pará. O comunicado foi feito pelo ministério no dia 28 de novembro.
Ela morreu no final
de outubro. Os dados mostram que os sintomas começaram em 29 de setembro, e que
a coleta de sangue foi feita sete dias depois, quando o caso foi notificado, em
6 de outubro. Ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos
vermelhos na pele e mucosas). “O teste foi positivo para o vírus, confirmado e
repetido”, disse o ministério na ocasião.
A doença é
transmitida pela picada dos mosquitos da família “Aedes”, a mesma que transmite
dengue e a febre chikungunya. A prevenção é evitar lixo acumulado e não deixar
água parada como criadouro de mosquitos.
Casos de
microcefalia: o Ministério da Saúde também confirmou no
final do ano passado a relação entre o vírus da zika e o surto de microcefalia
na região Nordeste. Na época, o Instituto Evandro Chagas, na capital paraense,
encaminhou o resultado de exames realizados em uma bebê, nascida no Ceará, com
microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos,
foi identificada a presença do vírus Zika.
A partir desse
achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde passou a considerar
confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma
situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema
devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua
atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior
vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos
primeiros três meses de gravidez.
Do G1