Santana e a mulher,
Mônica Moura – que também teve a prisão decretada nesta segunda-feira (22) -,
estavam na República Dominicana, onde participavam da campanha de reeleição do
presidente do país.
Eles chegaram no
Aeroporto de Cumbica em um voo da Gol vindo de Punta Cana, na República
Dominicana, previsto para chegar às 10h, mas com aterrissagem antecipada para
as 9h20. O advogado de Santana, Fábio Toufic, também estava no voo. O casal vai
ser levado em um avião da Polícia Federal para Curitiba, onde as investigações
da Lava Jato se concentram.
O assessor de Santana
que o aguarda no Aeroporto afirmou que ele ficou bastante surpreso com a
decisão da Justiça, mas está tranquilo porque, segundo ele, o dinheiro que tem
fora do país, ele recebeu em campanhas que fez no exterior.
Segundo os
investigadores, Santana teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à
Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki,
representante oficial do estaleiro Keppel Fels no Brasil, entre 2013 e
2014. O engenheiro foi preso nesta segunda-feira (22) e é apontado como
operador do esquema.
Investigadores
suspeitam que os pagamentos foram feitos em troca de serviços prestados pelo
publicitário ao PT. Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma
Rousseff, da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em 2006.
“Há o indicativo
claro de que esses valores têm origem na corrupção da própria Petrobras. É bom
deixar isso bem claro, para que não se tenha a ilusão de que estamos
trabalhando com caixa 2, somente”, disse o procurador Carlos Fernando dos
Santos Lima.
A defesa do
publicitário afirmou na noite desta segunda-feira (22) ao Jornal Nacional
que todos recursos em contas do exterior do marqueteiro provêm, exclusivamente,
de campanhas feitas em outros países. Segundo a defesa, “nenhum centavo” é de
campanha brasileira.