Com a fronde
inversa à chuva,
O barro cru
mascado, se curva,
Nas garras do velho
passarinho.
Moldado de graveto
e espinho,
Malva rasteira, e
Catanduva,
Que a pena
transforma em luva,
Na substância do
galho fraquinho.
Reina da caatinga a
rama argentina,
Em freta cobra, e
ave de rapina,
Vendaval,
tempestade e torvelinho.
Mas, sendo religioso
no seu canto,
Sem trabalhar em
dia santo,
Não segue o falso
descaminho.
(Autor: Antony
Patrício de Sousa Melo)