Vou voltar prá minha terra
Prá ver o meu pé- de- serra
Ver a ovelha que berra
Amarrada no chiqueiro
Beber água de barreiro
Comer buchada de bode
Dançar forró e pagode
Nas festas dos fazendeiros
Prá ver o meu pé- de- serra
Ver a ovelha que berra
Amarrada no chiqueiro
Beber água de barreiro
Comer buchada de bode
Dançar forró e pagode
Nas festas dos fazendeiros
Vou ouvir meus cantadores
Cantar poemas de amores
Amenizar minhas dores
Nas belezas do sertão
Montar cavalo alazão
Participar dos festejos
Dos meus irmãos sertanejos
Lá de nossa região
Cantar poemas de amores
Amenizar minhas dores
Nas belezas do sertão
Montar cavalo alazão
Participar dos festejos
Dos meus irmãos sertanejos
Lá de nossa região
Não posso ficar ausente
Para não ficar doente
]que o meu coração sente
Saudades dos carrascais
Das estradas carroçais
Da luta cotidiana
E dos finais de semana
Dos forrós e festivais
Para não ficar doente
]que o meu coração sente
Saudades dos carrascais
Das estradas carroçais
Da luta cotidiana
E dos finais de semana
Dos forrós e festivais
Vou ver as festas juninas
E as luzes das lamparinas
E bom nos pés de faxina
Muitas galinhas ciscando
As penas se balançando
E pelos oitões das casas
Fazendo barrocas rasas
E a poeira levantando
E as luzes das lamparinas
E bom nos pés de faxina
Muitas galinhas ciscando
As penas se balançando
E pelos oitões das casas
Fazendo barrocas rasas
E a poeira levantando
Não posso ficar distante
Do açude da vazante
Do pé de capim galante
Torceiras de canapu
Do pé de mandacaru
Do espinho e da roseira
Da rosa branca que cheira
Com perfumes de talu
Do açude da vazante
Do pé de capim galante
Torceiras de canapu
Do pé de mandacaru
Do espinho e da roseira
Da rosa branca que cheira
Com perfumes de talu
Vou pra meu pé de parede
Dormitar na minha rede
Onde a gente mata sede
Com águas de cacimbão
Visitar meu chapadão
Passar por onde passei
Andar por onde andei
Descalço com o s pés no chão.
Dormitar na minha rede
Onde a gente mata sede
Com águas de cacimbão
Visitar meu chapadão
Passar por onde passei
Andar por onde andei
Descalço com o s pés no chão.
Vou rever os meus vaqueiros
Cantadores violeiros
E os boêmios seresteiros
Nascidos do meu lugar
Ouvir vaqueiro aboiar
Com a voz melodiosa
Que é a coisa mais gostosa
Que chega a emocionar
Cantadores violeiros
E os boêmios seresteiros
Nascidos do meu lugar
Ouvir vaqueiro aboiar
Com a voz melodiosa
Que é a coisa mais gostosa
Que chega a emocionar
Meus queridos fazendeiros
Estimados boiadeiros
Poetas e violeiros
Com quem eu fiz amizade
Por sinal de lealdade
A distância se encerra
Vou voltar pra minha terra
Prá não morrer de saudade.
Estimados boiadeiros
Poetas e violeiros
Com quem eu fiz amizade
Por sinal de lealdade
A distância se encerra
Vou voltar pra minha terra
Prá não morrer de saudade.
Autor: ( Inácio
Siqueira - O Pastor do Gado)