A greve dos
bancários por tempo indeterminado vai continuar nesta quinta-feira (22) com o
impasse nas negociações salariais entre representantes dos trabalhadores e dos
bancos.
A terceira proposta
de reajuste, de 8,75%, feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) nesta
quarta (21) foi rejeitada pelo comando nacional dos bancários, que negocia em
nome dos 512 mil bancários do país.
Uma nova tentativa de acordo para pôr fim ao movimento, que completa 17 dias nesta quinta (22), deve ser feita na reunião prevista para esta quinta, às 14h.
Segundo o Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, o reajuste de 8,75% não é
suficiente porque não repõe a inflação acumulada nos últimos 12 meses (pelo
INPC, 9,88%) e representa perda salarial de 1,03%.
"A greve está forte e a expectativa dos bancários é por uma proposta melhor", disse Juvandia Moreira, presidente do sindicato.
De acordo com a
sindicalista, a paralisação atinge 745 locais de trabalho -sendo 28 centros
administrativos e 717 agências com adesão de 55 mil trabalhadores. O sindicato
representa 142 mil funcionários em São Paulo, Osasco e região.
Os bancários não
alteraram a pauta de reivindicação e pedem reajuste de 16%, que inclui aumento
real de 5,6%, além de outros benefícios.
A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
Desde o dia 25 de
setembro, os bancos apresentaram três propostas. A primeira previa reajuste de
5,5%, com abono de R$ 2.500. Na segunda oferta, feita dia 20, apresentaram
correção de 7,5% aos salários, sem abono. E nesta quarta (21), houve proposta
de reajuste de 8,75% também sem abono.
Em nota, a federação
dos bancos afirmou que "apresentou hoje para representações dos bancários
uma nova proposta de reajuste, de 8,75%, aplicáveis aos salários, benefícios e
participação nos lucros, com o objetivo de alcançar um acordo satisfatório a
ambas as partes em negociação". A entidade não divulga a adesão à greve.
Do JC