Há três anos, a
sanfona do Mestre Dominguinhos silenciou, mas os ensinamentos e o talento desse
grande artista continuam inspirando muitos músicos. Artistas e amigos do
sanfoneiro se encontraram, na manhã deste sábado (23), para reviver sua obra e
homenagear o intérprete morto em 2013.
A reunião ocorreu no
bar Arriégua, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, e contou até com
missa. Encarregado de celebrar a vigília, o padre Josenildo Tavares se diz fã
número um de Dominguinhos.
“Eu era amigo dele
também e tive a alegria de conhecê-lo. Nós refletimos no evangelho que a
semente boa, que foi semeada, a gente quer que nasça no coração do povo, no
coração da cultura nordestina”, contou o padre.
O discípulo de Luiz
Gonzaga segue inspirando muita gente. Marcos Veloso é quem organizou o
encontro. Amigo de Dominguinhos, faz questão de falar o quanto admirava o
talento e a simpatia do artista. “A obra de Dominguinhos é a maior expressão
poética e musical que nós temos aqui. A gente continua nessa nossa estrada
preservando esse grande patrimônio”, desabafa.
Paulinho do Acordeom
exibia com orgulho a sanfona que ganhou do professor. “Para mim e para todos os
forrozeiros, toda nação forrozeira, é um orgulho e uma satisfação muito grande
poder ter algo que pertenceu a Seu Domingos, o nosso ídolo da música
nordestina”.
Inspirado pelo
artista, com apenas três anos, Arthur Gomes mal sabe falar, mas já tem certeza
do que quer fazer quando crescer. “Vou tocar sanfona”.