Durante o encontro
que reuniu os secretários estaduais de Saúde do Nordeste em Salvador, na Bahia,
nesta sexta-feira (20/11), com o intuito de construir uma estratégia agressiva
de combate ao mosquito e controle dos agravos, os executivos entregaram ao ministro
da Saúde, uma carta com as necessidades conjuntas dos estados e solicitando
apoio do Governo Federal no enfrentamento às doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti.
No documento, os
executivos chamam atenção para o crescimento significativo dos números de
dengue em 2015 e para a introdução dos vírus da zika e chikungunya em todo o
Nordeste, assim como o aumento das complicações neurológicas que podem ter
algum tipo de relação com a zika, como a Síndrome de Guillain-Barré.
Além de conclamar um
maior envolvimento do Estado brasileiro com a integração das três esferas de
governo e participação efetiva da sociedade civil, propõe envolver setores
governamentais nesse enfrentamento. “Essa não é uma missão restrita à área da
saúde, mas uma missão para governos, com a liderança de governadores, prefeitos
e até da presidência”, pontuou o secretário executivo do Conselho Nacional dos
Secretários de Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso.
O documento ainda
cita a importância do apoio a instituições científicas para o desenvolvimento
de novos métodos para o controle do vetor e a necessidade de criar um fundo
nacional emergencial para aplicação exclusiva nas ações emergenciais de combate
às arboviroses. “Estamos diante de um momento, de uma gravidade, que merece uma
ação decisiva. Os secretários de saúde estão criando um plano de ação para o
combate conjunto da epidemia de arboviroses, que agora traz um componente novo,
que é a introdução de novos vírus que podem estar causando a síndrome de
Guillain-Barré e microcefalia”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Iran
Costa.
O ministro da Saúde,
Marcelo Castro, que decretou no último dia 11 de novembro situação de
emergência em saúde pública no Brasil, explicou aos secretários que vêm tomando
todas as medidas possíveis. “Convocamos 17 ministérios para auxiliar no combate
ao vetor e vamos utilizar todas as armas possíveis. Não vamos dar trégua”,
disse, durante o encontro com os secretários.