Longe do mundo de ambições e intrigas
E sente aos pés a terra que semeia
E a vida rude enfrenta sem fadigas.
Feliz quem planta o milho, o trigo, a aveia
E ver brotar o ouro das espigas.
E colhe o pão para a fartura alheia
E assim ao mundo estende as mãos amigas.
Feliz quem segue esse elevado exemplo
Do lavrador, que faz da terra um templo
E do trabalho a sua religião.
E embora pobre, embora abandonado
Vive do fruto do trabalho honrado
E ainda divide o seu minguado pão.
(Autor: Alcides Lopes de Siqueira)