Entre um medalhão de lagosta e um
bacalhau a Gomes de Sá, chega uma hora que é bom parar de falar do indigesto
gasto com a Arena da Copa. Ou mesmo dessa especulação inusitada sobre uma
possível chapa com a viúva Renata Campos na vice de Lula. Uma semana após
anunciar um corte de R$ 320 milhões nos gastos públicos do Estado e dois dias
após evitar uma greve da PM no Carnaval, a equipe de Paulo Câmara (PSB) foi
tratar de um assunto bem mais leve: o novo buffet do gabinete do governador. É
garantia de prato cheio.
Serão várias opções. A maioria
dos jantares e almoços virá precedida de um minicoquetel para abrir o apetite,
com miniquiche de lagosta, salmão com cerejas, bolinhas de melão com parma e
tortinhas de peru, entre inúmeros quitutes. E os pratos principais? Claro,
parecem todos deliciosos. Vai uma salada de medalhões de lagostins? Um pato ao
cravo canela?
Uma refeição pode ser à
francesa, inglesa ou americana, inclusive vale buffet oriental, com temakis
diversos, sushis e o famoso saquê, bebida alcoólica tradicional no Japão, que
no Palácio será quente ou gelada. É muita coisa. Tudo depende da combinação. O
pacote é para 40 eventos, de refeições para 100 convidados a coquetéis
especiais para 600 pessoas.
Pelo lance principal, um ano
de buffet sairá a R$ 1,075 milhão lembrando que o contrato de 2011 foi
esticado até hoje. Mas no novo ainda não há canetada. É que ninguém é de ferro.
A folia já está aí. E a escolha será finalizada após o Carnaval.
O contrato do buffet atual, com a Arcádia
Recepções, foi fechado em 2011 por R$ 880 mil ao ano. Após aditivos ainda está
em vigor. Mas naquele caso a licitação ocorreu diretamente pelo gabinete do
governador. Desta vez quem cuida do cardápio é a Secretaria de Administração,
sob o comando do secretário Milton Coelho (PSB).
Por: Giovanni SandesNa coluna Pinga-fogo do Jornal do Comercio desta sexta-feira (13).