Após a
retração registrada no primeiro trimestre, a economia brasileira afundou mais
ainda entre abril e junho deste ano, o que aponta para um cenário de recessão
técnica, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (19).
A chamada “recessão técnica” se caracteriza por dois trimestres seguidos de
recuo do Produto Interno Bruto (PIB).
O chamado
Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo BC e que busca ser uma
espécie de “prévia” do PIB, “encolheu” 1,89% no segundo trimestre deste ano, em
comparação os três meses anteriores. A variação foi feita após ajuste sazonal.
Nos três meses
anteriores, entre janeiro a março, a economia já havia registrado uma contração
de 0,88% (valor revisado), segundo os dados do IBC-Br, e de 0,2%, de acordo com
os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Produto
Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve
para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB do segundo
trimestre, porém, será divulgado pelo IBGE somente em 28 de agosto. O mercado
financeiro prevê uma contração do PIB de 2% neste ano e de 0,15% para 2016.
A última vez
que a economia brasileira entrou oficialmente em recessão, segundo a série
histórica revisada do IBGE, foi no início de 2009 – quando o PIB encolheu 2,2%
nos três primeiros meses daquele ano, apos ter recuado 4,1% nos três últimos meses
do ano anterior. Naquele momento, o Brasil foi tragado pela crise financeira
internacional – marcada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers em
setembro de 2008.