Mais de 21 mil agricultores cadastrados no Chapéu de Palha serão
qualificados profissionalmente neste ano. Coordenado pela Secretaria de
Planejamento e Gestão, o programa atua em três frentes: Cana-de-açúcar,
Fruticultura Irrigada e Pesca Artesanal, atendendo 50 mil trabalhadores em 90
municípios do Estado. Além de pagar um auxílio financeiro, o programa oferece
cursos de capacitação para os beneficiários ou membros de suas famílias.
As aulas são ministradas através das Secretarias Estaduais da
Mulher e de Educação e ocorrem até o fim de agosto. O ciclo do Chapéu de Palha
da Fruticultura Irrigada foi encerrado em julho e foram qualificadas 5,3 mil
pessoas. Já os ciclos da Cana-de-açúcar e da Pesca ainda estão em andamento.
O secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, afirma que o
Chapéu de Palha aposta na educação e qualificação profissional como principais
fatores de desenvolvimento para muitas famílias que não encontram trabalho no
período da entressafra. “É um programa de distribuição de renda que garante a
dignidade das pessoas que não podem exercer sua atividade laboral por um
determinado período. também dá acesso a novos conteúdos, que podem gerar mais
inclusão e cidadania”, destaca.
Há cursos, por exemplo, de Letramento com Perspectiva de Leitura
de Mundo, Formação sociopolítica, informática, produção de artesanato,
confecção de bijuterias, pintura em tecidos, produção de doces e salgados,
confeitaria, práticas de pintura imobiliária, prática de instalações elétricas,
cabeleireira, design de sandálias.
O benefício para os trabalhadores da palha da cana e da
fruticultura é de até R$ 246,45. Para os pescadores, é de até R$ 256,52. Eles
são divididos em quatro parcelas complementares ao Bolsa Família. O pagamento
da última parcela para os trabalhadores da cana-de-açúcar e da pesca artesanal
será pago em setembro.
O programa - Implantado pela primeira vez
na gestão do ex-governador Miguel Arraes, o Chapéu de Palha foi resgatado para
atender aos trabalhadores rurais da palha da cana e suas famílias, na região da
Zona da Mata pernambucana, durante o período da entressafra. Já na gestão do
ex-governador Eduardo Campos, o programa foi expandido para mais duas áreas, a
Fruticultura e a Pesca. Em 2012, foi premiado pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em reconhecimento às ações governamentais que contribuem para a
inclusão social.