O Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
recebeu, nessa quarta-feira, 18, o relatório da força-tarefa que analisa
irregularidades da chapa Dilma-Temer na campanha presidencial de 2014
com as informações obtidas nas buscas e apreensões realizadas em dezembro.
Ainda não
há data prevista para o ministro relator Herman Benjamin apresentar o
voto-relatório na ação que pode levar à cassação do presidente Michel Temer.
Até o momento, Benjamin marcou audiências com cinco testemunhas cujos
nomes ainda não foram divulgados. O relatório é sigiloso, mas as partes,
segundo o TSE, estão sendo intimadas para ciência.
As buscas
e apreensões foram determinadas por Benjamin e cumpridas em 27 de dezembro
por servidores do TSE e pela Polícia Federal, em Minas Gerais, São Paulo e
Santa Catarina, em cerca de 20 locais. Alguns dos alvos foram as sedes das
empresas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, além de outras empresas
subcontratadas por elas.
O
objetivo da ação era verificar a capacidade de operação das empresas
contratadas e a validade de documentos contábeis e fiscais, além da realização
de entrevistas e a colheita de depoimentos. O trabalho se ateve às questões
eleitorais, seguindo a determinação do ministro, que também decretou a quebra
do sigilo fiscal de cerca de 15 pessoas físicas e jurídicas, cujos nomes não
serão divulgados.