As disputas desencadearão uma série de
mudanças também na Esplanada dos Ministérios, pois o Palácio do Planalto terá
que fazer rearranjos para reduzir polêmicas e tentar garantir estabilidade na
base aliada.
Como a campanha ainda está no começo, a dança de cadeiras
será sacramentada mais perto da data da escolha dos novos presidentes, mas as
movimentações já são perceptíveis.
No Senado, a eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE) é dada
como praticamente certa pelos senadores.
Ele deve contar até mesmo com o apoio do PT, que não quer
ficar sem cargos na Mesa Diretora.
Na Casa, a polêmica deve se restringir à liderança do PMDB. A
escolha do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a
cadeira não é consenso entre seus pares.
Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é o favorito à reeleição
como presidente, apesar de questões jurídicas que, em tese, poderiam impedi-lo
de disputar no próximo dia 2.
Ele tem como adversários Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair
Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE).
Mas, assim como Eunício no Senado, Maia deve contar com apoio
também dos partidos da oposição.
O PT não quer repetir o erro cometido em 2015, quando
preferiu lançar candidato –Arlindo Chinaglia (PT-SP)–, perdeu para Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e ficou afastado do centro das decisões da Câmara.