Enfrentar a crise econômica representa
o principal desafio para os prefeitos que tomam posse neste domingo (1º). Assim
como governos estaduais, prefeituras brasileiras vivem situações de penúria.
Pessimista, o presidente da CNM (Confederação Nacional de
Municípios), Paulo Ziulkoski, prevê que, para os municípios, 2017 será ainda pior
que os últimos anos. “O caos está chegando”, afirma.
Segundo o presidente da CNM, a maioria das cidades filiadas à
confederação está no vermelho. Não é possível, diz Ziulkoski, estimar o total
que as prefeituras devem, mas só a dívida previdenciária dos mais de 5.000
municípios brasileiros já chega a R$ 100 bilhões. “Isso vai estourar em 2017”,
alerta.
De acordo com ele, a conta com precatórios gira em torno de
R$ 80 bilhões. Também há débitos com servidores e fornecedores.
Para o presidente da Confederação dos Municípios, será
difícil investir em obras e na expansão de serviços em 2017. “Os prefeitos vão
entrar travados. Vão tentar aumentar a arrecadação e cortar despesas para fazer
fundo [de verbas].”
O presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), Marcio
Lacerda (PSB), que deixa o comando da Prefeitura de Belo Horizonte neste
domingo (1º), também prevê um ano difícil, principalmente para os municípios
menores, que dependem mais de repasses dos governos federal e estaduais.