
Os dados são frutos do balanço divulgado nesta segunda (2), em coletiva da Polícia Civil, na qual também anunciou dados sobre as 44 Operações de Repressões Qualificadas (ORQ) deflagradas durante o ano. Esse é o maior número de operações especiais feitas pela polícia desde a implantação do Pacto pela Vida, em 2007.
Se o ano que passou foi difícil para a segurança pública, Antônio Barros, chefe da Polícia Civil, busca dar mais gás para 2017: já para o primeiro semestre, 764 policiais da permanência e responsáveis por burocracias internas ficarão na ativa depois que forem substituídos por agentes aposentados. Ele também anunciou a chegada de 100 delegados, 500 agentes e 50 escrivães para o segundo semestre, que vão assumir por meio de concurso público já em andamento.
As 44 ORQs renderam aos presídios de Pernambuco 580 novos detentos, dos quais apenas 16% foram soltos, número considerado pequeno pela corporação. Apesar da quantidade alarmante de homicídios em 2016, o mês de dezembro foi o melhor da série, concentrando 12 operações. “Todos, absolutamente todos, foram indiciados por associação criminosa. Essa é a diferença da ORQ, são mais detalhadas, demandam e mais investigação para identificar o máximo de pessoas possível antes de realizar a primeira prisão e desarticular a quadrilha”, avaliou Barros.
Homicídios (32%), tráfico de drogas (23%) e crimes contra a administração pública (14%) foram os tipos de delito mais recorrentes entre as prisões. Roubo (11%), furto (9%) e outros delitos (11%), como fraudes em concursos, vêm em seguida. A maior parte dos presos foram homens (85%). Foram 2.579 inquéritos de homicídios instaurados com autoria de definida, 9% de aumento comparando com 2015.