Em discurso nos
momentos finais antes do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, o líder
do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez um último apelo para que os
parlamentares da Casa não punam a presidenta por um crime de responsabilidade
que ela não cometeu e, assim, não rasguem a Constituição Federal.
Humberto afirmou que o Senado tem a oportunidade de impedir
“essa tragédia” ao rejeitar a denúncia contra Dilma e ao que ele chamou de
violência ao Estado democrático de Direito. “Não podemos agir como se fôssemos
verdadeiros cretinos. Não podemos condená-la por crime que não cometeu. Seria
uma vergonha para o parlamento brasileiro e para o país inteiro”, disse.
Já o senador Fernando
Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu à Tribuna do Senado para declarar voto favorável
ao impedimento definitivo de Dilma Rousseff à Presidência da República.
Ao relembrar a história do
Partido Socialista Brasileiro desde 1989 até a ruptura da legenda com o Governo
Dilma, em 2013, Fernando Bezerra afirmou: “Não será fácil. Mas, é nosso dever
colocar o Brasil de volta ao equilíbrio fiscal. Não existe contradição entre
uma política fiscal responsável e políticas de distribuição de renda e inclusão
social”.
Na avaliação do senador,
ficou comprovada e evidente a prática dos crimes pelos quais a
presidente afastada é acusada.
O senador Armando Monteiro
(PTB-PE) afirmou que Dilma foi presidente legitimamente eleita e que “não podem
restar incertezas e dúvidas sobre as interpretações jurídicas que moldam este
processo”. “A denúncia está indisfarçavelmente embalada por motivações de
natureza política”, disse.
“Não tenho dúvida de que a
crise política afetou de forma grave o desempenho da economia e agravou o
quadro recessivo”, afirmou. Segundo ele, porém, houve superávit primário no
primeiro quadriênio do governo Dilma.