A Polícia Federal
está analisando a viabilidade de entrar na investigação sobre a morte de
Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, assassinada a facadas durante festa de
formatura em uma escola particular em Petrolina, no sertão de Pernambuco, no
dia 10 de dezembro de 2015. Há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff, em
visita à região, esteve com os pais de Beatriz.
Para que a PF assuma
a investigação, porém, é preciso que haja determinação do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que precisa de parecer técnico da PF e requerimento do
procurador-geral da República. O pedido para que a PF assuma o caso é apontada
como “a única” esperança para que as investigações avancem, segundo familiares
da vítima.
Na semana passada
foram divulgadas, pela Polícia Civil de Pernambuco, imagens da garota durante a
festa no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. No vídeo é possível ver Beatriz com
a mãe na arquibancada da quadra do colégio e, depois, se afastando sozinha do
local. As imagens também mostram amigos e familiares procurando pela menina na
escola.
Em depoimento,
convidados da solenidade onde o crime aconteceu mencionam a presença de um
“estranho”, que teria sido visto no banheiro feminino com duas crianças. Cerca
de 2,5 mil pessoas estavam no evento. A grande quantidade de convidados
circulando no local é um dos fatores que dificulta a investigação.
Imagens feitas nos
celulares e pelo fotógrafo que estava trabalhando na festa estão sendo usadas
pela polícia. A instituição de ensino não tinha câmeras de monitoramento no
local onde a menina foi encontrada morta. A escola só tinha câmeras na
portaria, corredores e pátios. Apesar da divulgação do retrato falado, a
Polícia Civil não descarta a participação de outros envolvidos no caso.