A ex-senadora
Marina Silva (Rede) lidera numericamente as intenções de voto para a
Presidência da República em 2018 e tem entre 21% e 24% das intenções de voto,
dependendo de quem for o candidato do PSDB. Marina, o senador Aécio Neves
(PSDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são os nomes mais
citados para a eleição de 2018, segundo pesquisa Datafolha feita em 17 e 18 de
março.
Mas é o senador
mineiro Aécio Neves quem mais perdeu pontos nesta mesma simulação, caindo de
24% das intenções de votos em fevereiro para 19% agora. Em dezembro do ano
passado, ele chegou a ter 27% das intenções de voto. Em delação premiada
tornada pública na semana passada, o senador Delcídio do Amaral (sem
partido-MS) disse que Aécio recebeu propina de Furnas.
Considerando a
margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou para
menos, os três aparecem empatados quando confrontados entre si. Entre a
pesquisa realizada em fevereiro e a da semana passada, o ex-presidente Lula é
quem mais sofreu com o cenário político do país.
Em todas as
simulações em que a disputa envolve Marina e um tucano (seja Aécio, o
governador Geraldo Alckmin ou o senador José Serra), Lula perdeu pontos além da
margem de erro, na comparação com a pesquisa anterior.
Contra Alckmin e
Serra, Lula ainda ficaria em segundo lugar, mas o ex-presidente cai para a
terceira posição em um eventual confronto com Marina e Aécio Neves. Neste
cenário, Lula aparece com 17%, Marina com 21% e Aécio com 19%.
Apoio a
Impeachment: o apoio da
população ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) cresceu
oito pontos desde fevereiro. Agora, 68% dos eleitores são favoráveis ao seu afastamento
pelo Congresso Nacional.
Também houve um
salto, de 58% para 65%, no total dos que acham que Dilma deveria renunciar à
Presidência.
O percentual dos
contrários ao impeachment foi de 33% em fevereiro para 27% agora. Segundo
pesquisa Datafolha realizada entre os dias 17 e 18 de março, a reprovação ao
governo da petista também retornou ao seu patamar recorde: 69% avaliam sua
administração como ruim ou péssima.
Rejeição a
Lula: na mesma semana em
que foi indicado ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu a taxa de rejeição a seu nome
atingir o recorde de 57% em nova pesquisa Datafolha.
Antes desse
levantamento, seu pior índice, de 40%, havia sido registrado em setembro de
1994, quando ele disputou (e perdeu) a Presidência contra o tucano Fernando
Henrique Cardoso.
Mesmo entre os mais
pobres, Lula já é rejeitado por metade (49%) da população. O índice cresce
conforme o avanço da renda familiar e chega a 74% entre aqueles que ganham dez
ou mais salários mínimos por mês.