Dilma Rousseff parece mais relaxada do que
quando estava na Presidência do Brasil. Brinca, repassa a apertada lista de
conferências que a aguardam na Europa e nos Estados Unidos e, pela primeira
vez, fala de seu futuro político.
Destituída em 2016 pelo Congresso, sob a
acusação de maquiar as contas públicas, a ex-presidente passa seus dias em
Porto Alegre, onde segue obedientemente sua rotina de exercícios físicos e
passeios de bicicleta, e só parece perder a paciência quando é consultada sobre
o escândalo de corrupção da Petrobras.
Eu não serei candidata a presidente da
República, se é essa a sua pergunta. Agora, atividade política nunca vou deixar
de fazer (…) Eu não afasto a possibilidade de me candidatar para esse tipo de
cargo: senadora, deputada, esses cargos”, declarou em entrevista à agência AFP.
Apesar do impeachment, Dilma não perdeu
seus direitos políticos para ocupar cargos públicos, e pode, portanto, ser
candidata a cargos eletivos. Aos 69 anos, ela disputou apenas dois
cargos eletivos em sua vida: a Presidência, que venceu em 2010, e a reeleição
de 2014, ambas pelo PT.
Para ela, o impedimento de uma candidatura
de Lula em 2018 seria um “segundo golpe”.