O PMDB (Partido do Movimento
Democrático Brasileiro) pretende mudar o nome da sigla e retomar o nome “MDB”,
usado de 1966 a 1979, durante o bipartidarismo da ditadura militar, quando a
sigla fazia oposição à Arena (Aliança Renovadora Nacional).
O anúncio foi feito no Rio Grande do Sul pelo senador e
presidente da legenda, Romero Jucá (PMDB-RR), mas deve ser discutido em
plenárias em todos os Estados. Se aprovada, a mudança deve ser oficializada em
dezembro para entrar em vigor em fevereiro de 2017.
“Queremos deixar de ser partido e ser um movimento. Ou seja,
algo mais forte, algo mais permanente, com uma ação constante. Voltar ser MDB
resgata uma tradição, uma história, uma origem, que é muito importante para o
povo brasileiro”, disse Jucá em entrevista coletiva neste sábado (26).
O senador está nem Porto Alegre para participar do 1º Ciclo de
Debates com Prefeitos, promovido pelo núcleo gaúcho da Fundação Ulysses
Guimarães. O Rio Grande do Sul elegeu 129 prefeitos do PMDB.
“Se o MDB antigo fez a redemocratização do país, o MDB novo
pode fazer a reconstrução social e econômica do país”, disse Jucá.
O presidente da legenda ainda disse que considera o nome
“MDB” “mais atual”.
“Já lancei aqui a consulta. Nós queremos retomar o que
representa toda nossa força política, não apenas um partido político.”
Aos prefeitos presentes na sua palestra, Jucá disse que quer
“transformar o MDB em uma força política permanente” e que o “resultado” possa
ser “colhido nas eleições”.
Além de Jucá, o evento teve a participação de Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, e de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil - ambos peemedebistas do Estado.