De janeiro a outubro deste ano, foram
registrados 108 crimes contra o patrimônio em Pernambuco, uma modalidade que
engloba roubos e furtos a bancos, caixas eletrônicos e carros fortes.
No mesmo período foram realizadas 55 tentativas. Os números
foram divulgados na manhã desta segunda-feira pela Polícia Civil, durante
entrevista coletiva no auditório do Departamento de Repressão aos Crimes contra
o Patrimônio (Depatri), no Recife.
De acordo com os delegados Paulo Berenguer e Vinícius Notari,
a quantidade de ocorrências consumadas de roubo a banco foram reduzidas em
37,9%, se comparadas com o mesmo período no ano passado.
Na ocasião, a Força-tarefa de Repressão aos Crimes de Roubo e
Furto divulgou ainda um balanço dos trabalhos realizados e apontou a
desarticulação de 13 quadrilhas e a prisão de 88 pessoas envolvidas em três
ações em que foram utilizados maçaricos, três com explosivos, cinco por roubo a
banco, um por assalto a carro forte e um por “pescaria”, modalidade que retira
envelopes de dinheiro com um equipamento que imita um anzol. De janeiro a
outubro 271 suspeitos foram indiciados e mais 95 inquéritos foram encaminhados
à Justiça com autoria definida.
Ainda durante a coletiva foi apresentado o resultado de uma
operação que prendeu quatro homens suspeitos de arrombamentos de agências
bancárias e caixas eletrônicos no Recife e em outras cidades de Pernambuco. A
Operação Chapa Quente cumpriu ainda mandados de prisão contra outros quatro
acusados de participação nos crimes que já cumprem pena no regime prisional.
A quadrilha vinha sendo investigada há cinco meses pela
Delegacia de Policia de Roubos e Furtos, com apoio do Núcleo Depatri e da
Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, a Dintel. De acordo com a polícia,
o grupo contava com a participação de integrantes de outros estados. Entre as
agências arrombadas pela gangue está o Banco do Brasil de Bezerros, no Agreste
de Pernambuco. Trinta policiais, entre delegados, agentes e escrivães participaram
do trabalho operacional.