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Sertânia está vivendo a maior crise cultural em sua história

Sertânia está vivendo a maior crise cultural em sua história: Fechamento das Escolas de artes, fechamento da secretaria, escândalo da nomeação de secretário fantasma, contratações superfaturadas, indicação de políticos e  funcionários comissionados da prefeitura para projetos culturais, falta de apoio e golpe na semana Estudantil de artes, perseguição a artistas e agora para coroar  todo este descaso, vamos ver a situação de abandono e desmantelo que tomou conta do prédio da própria secretaria de cultura, o que demonstra o desprezo do prefeito Ângelo Ferreira para com a cultura e a incompetência da equipe cultural que está gerindo a cultura pública de Sertânia.

Prédio da Escola de Música abandonado
O Precário estado de conservação do Prédio da SEJECT-Secretaria de Juventude, Esporte, Cultura e Turismo, localizado no prédio da Antiga estação de trem de Sertânia é de causar espanto.  A começar pelas paredes com tinta descascada, outras com a salina tomando conta e mais outras caindo o reboco do tijolo. As calçadas esburacadas e cheias de mato, tampas de esgoto e encanação quebradas, fiação elétrica exposta e descascada, bancos de assento demolidos muito  lixo e monturo acumulados, caneletas espatifadas, colocando em risco a saúde e a segurança da população.  É um patrimônio histórico e cultural, tombado pelo IPHAN- instituto Nacional de Patrimônio Histórico e  pela FUNDARPE- Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, que está sendo degradado pelo desleixo e a falta de compromisso da Prefeitura de Sertânia, que ocupa o prédio.  Nele funcionavam a Escola de Violão, a Escola de Sanfona, a Escola de Dança, A Escola de Teatro, a Escola de Bateria e a Escola de Música. o Atual governo fechou todas estas escolas de artes, que na gestão passada atendiam cerca de 120 alunos, de  8 a 80 anos e faziam sucesso, chamando a atenção de toda a região. "Aqui era um movimento muito grande nas escolas de artistas.  Era menino, menina, adolescentes, adultos, idosos, isso aqui fervilhava de artista. Com João Lúcio não faltava nada. A  Gente tinha apoio para tudo. Dava gosto. Isso agora tá uma tristeza só.  tudo fechado. A mudança foi prá pior. Muito pior.", diz um artista professor, que trabalhou  na Gestão passada e continuou na gestão atual.

As consequências de sete meses de abandono.
Os artistas de Sertânia e os que fazem cultura são unânimes em dizer que do governo atual só tem reclamação a fazer. "Falta tudo: falta planejamento, falta organização, falta competência e falta ouvir a classe artística. Não tem politica cultural pública. A secretaria de cultura até agora só fez acabar com a cultura de Sertânia, acabando , fechando o que tinha sido feito na gestão passada como as Escolas de Artes, a Semana Estudantil de Artes, o Festival de Cantadores.  Ninguém tem apoio para nada. Nada de proveito está sendo feito", define   um diretor teatral, que prefere não se identificar, por ser funcionário da prefeitura de Sertânia e temer sofrer perseguição.

Dias trás, A Associação dos Sanfoneiros de Sertânia  divulgou nota oficial de repúdio,  pelo fato de não ter contratado os artistas da terra prá festividades juninas  preferindo contratar artistas de outras cidades, desvalorizando a cultura local. Em represália, Lula Sanfoneiro, ex-diretor professor da Escola Municipal de Sanfona e um dos diretores da Associação, funcionário da  prefeitura, foi transferido de repartição para ser prejudicado , com a perda de horas extras e de adicional noturno, diminuindo sua remuneração.
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