O Grupo "Nós Pós" para
comemorar os seus dez anos de atuação em favor da literatura em Pernambuco está
realizando em varias cidades do Estado o Festival Palavra Cifrada. Uma
das últimas cidades beneficiadas foi Tabira, onde rolou uma oficina de Embolada
e um recital comandado pelo Mestre Dede Monteiro.
O Festival Palavra cifrada é
organizado pelo coletivo de Poesia "Nós Pós", em parceria com
prefeituras de municípios visitados. Cabe a prefeitura indicar os poetas
locais. E aí é que mora o problema.
Em Sertânia, infelizmente a prefeitura
usou da politicagem e perseguição, deixando de fora os poetas que fazem a
poesia sertaniense, divulgando e defendendo os Poetas de Sertânia aqui e
lá fora, ou seja, os Poetas do Jornal de Poesia "Cabeça de Rato"(que existe
há 29 anos), e os que fazem a SAPECAS - Sociedade dos Poetas,
Escritores e Compositores de Sertânia - que existe há nove anos, muitos dos
quais conceituados e com livros publicados e participações em Festivais e
eventos internacionais, como a Festa Literária Internacional de Ipojuca, Bienal
Internacional do Livro de Pernambuco e Jornada Literária Portal do Sertão,
ficaram de fora, não foram convidados. Tudo porque são artistas
independentes e não fazem parte dos esquemas partidários da politicagem do
prefeito Ângelo Ferreira e também não se dobra ao seu chicote.
De acordo com um poeta e professor que
participou do evento, e pediu pra não ser identificado, a edição de
Sertânia foi prejudicada pela politicagem. "Faltou organização e
divulgação. A oficina de declamação poética para os alunos das escolas só teve
três participantes e a palestra não aconteceu por falta de público, ou seja,
o povo não compareceu. O recital acabou ficando para ser no
intervalo de uma quadrilha, no Alto do Rio Branco, não sei nem se rolou, até
porque eram duas atividades bem distintas. Resumindo, foi um fracasso, um
verdadeiro fiasco, a cara da atual administração, tudo por conta da politicagem
e da desorganização", declarou o poeta.