O PDT confirmou em convenção nacional nesta sexta-feira (20) em Brasília a escolha de Ciro Gomes, 60 anos, como candidato à Presidência da República. O ex-ministro e ex-governador do Ceará foi escolhido por aclamação pelos filiados que participaram do evento. Ele disputará a Presidência pela terceira vez – em 1998 e 2002 concorreu pelo PPS, mas não chegou ao segundo turno.
Abordado por jornalistas ao chegar à sede do PDT, o candidato disse que fala “10 horas por dia” e que “evidentemente” pode errar “aqui e ali”. “Nunca tive pretensão de ser um anjo”, afirmou.
No primeiro discurso como candidato, Ciro Gomes afirmou que ninguém é “dono da verdade” e defendeu acabar com “a cultura de ódio” que, segundo ele, vigora no país. “Acabar com essa ideia de brasileiro contra brasileiro se ferindo pela internet”, afirmou.
Sem citar exemplos, ele afirmou que, se eleito, vai “perseguir” e “encerrar” cada privilégio. “Vou olhar com uma lupa cada conta, cada privilégio. Comigo, privilégio vai ser perseguido e encerrado, seja de quem for”, declarou. “Cada privilégio será trazido à denúncia pública”, disse. Segundo ele, a corrupção é um “câncer que rouba a crença do povo na política”.
Na parte do discurso em que abordou temas econômicos, disse que, a pretexto de austeridade fiscal, “essa gente quebrou o país”, sem especificar a quem estava se referindo. “O Brasil nunca esteve tão fragilizado nas contas públicas”, declarou.
Ele defendeu um novo “projeto nacional de desenvolvimento” com apoio à indústria e ao comércio nacionais, que, na avaliação dele, estão “sofrendo”.
“O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, acrescentou.