Dois movimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua caravana estão causando críticas dentro do PT: seu encontro com o senador Renan Calheiros e um jantar, ocorrido na noite desta quinta-feira (24), com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.
Embora o jantar com Renata tenha um caráter particular –já que Lula era amigo do casal– recentes articulações sinalizam para uma aproximação entre PT e PSB de Pernambuco. Presença constante no Instituto Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad almoçou com Câmara há dez dias.
Pelo acordo em gestação, o PT apoiaria a reeleição do governador Paulo Câmara. Em troca, o PSB apoiaria o PT para o Senado, acordo que é chamado de "abraço de afogados" por integrantes da chamada esquerda petista.
Já o Prefeito de Serra Talhada, segundo maior colégio eleitoral do Sertão, Luciano Duque (PT) não gostou de a vereadora Marília Arraes, um dos nomes cotados do partido para disputar o Governo do Estado, não ter sido colocada a par de toda a agenda que o ex-presidente Lula cumpre desde ontem em Pernambuco.
“Se ela é uma alternativa natural deveria ter sido prestigiada”, afirmou, adiantando que se o PT quiser se renovar e apresentar um projeto de retomada do poder estadual não pode pensar, em nenhum momento, em uma possível recomposição com o PSB.
“Se o partido caminhar nessa direção, tendo um quadro qualificado como Marilia, vai dar um tiro no pé”, advertiu, falando ao Blog do Magno.
O ex-presidente chegou na capital pernambucana, vindo de Alagoas, por volta das 17h, desta quinta-feira. Durante o trajeto, a caravana do ex-presidente parou em Xexéu e Gameleira, quem o acompanhou foi o presidente do PT Pernambuco, Bruno Ribeiro.
A ex-presidente Dilma Rousseff também se juntará à caravana hoje. A chegada está prevista para as 19h. À noite, ela deve participar de uma reunião com lideranças petistas para discutir o programa Mais Médicos. Também existe a possibilidade dela acompanhar Lula nos atos de hoje.