Um dado revelado neste sábado (1), pelo
Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Comercio,
deve animar o petebista Armando Monteiro. Ele foi o escolhido, por 22% [estimulada]
dos entrevistados, como o merecedor para governar o estado de Pernambuco, em
2018, quando ocorre a eleição majoritária no Brasil.
Na
pesquisa, chama a atenção o nome do ministro Mendonça Filho (DEM) na segunda
colocação com 12%. O democrata foi alvo de inúmeras críticas e protestos por
uma parte da população que foi contra a reforma do Ensino Médio, uma das pautas
mais defendidas por ele, que marcou o ano de 2016 pela ocupação de estudantes e
apoiadores nas instituições de ensino ocasionando uma situação caótica no país.
O protesto chegou a acontecer, inclusive, em frente a sua residência, no
Recife, localizada na Avenida Boa Viagem.
O atual
governador Paulo Câmara (PSB) ocupa a terceira posição com 6%, o ministro das
Cidades, Bruno Araújo (PSDB), aparece com 2%. Os votos em branco, nulo, bem
como dos que não votariam em nenhum, não souberam ou não responderam corrobora
a tese de que os recifenses continuam desacreditados na política: a soma chega
a ser maior do que a dos quatros candidatos citados totalizando 58%.
Para o
coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira,
apesar da posição desfavorável de Câmara no estudo, ele não tem forte opositor.
“O recall do senador Armando Monteiro é baixo. Lembro que Monteiro foi o principal
adversário do atual governador na eleição de 2014. O resultado, no geral, se
você ler, é que Paulo não está morto porque não tem candidato na oposição”,
destacou.
O
cientista se refere a
primeira pesquisa da corrida eleitoral para o governo de Pernambuco daquele ano, divulgado
em abril, que apontava o petebista saindo na frente no pleito da época. Ele
obteve 39% das intenções de votos. Já Câmara, que até então nunca havia
disputado uma eleição, apareceu com 12%. Cinco meses depois, em setembro, na última
pesquisa divulgada pelo instituto, o socialista aparecia com o jogo
virado com 44% da preferência contra 31% para Armando.
Para novo
sucesso eleitoral do governador de forma a garantir a reeleição, Adriano
Oliveira pontuou que o ex-secretário da Fazenda precisa criar narrativas que
expliquem e justifiquem a real situação do Estado para o eleitor. “E,
concomitantemente, prover ações concretas para atender, em parte, as demandas
dos eleitores”, explicou.
Sobre o
alto percentual de eleitores que não escolheram nenhum candidato, o coordenador
acredita que “a ausência de um nome forte eleitoralmente da oposição e a alta
reprovação do governador sugerem que os pernambucanos estão à procura de um
líder”.