A Greve Geral da próxima
sexta-feira (28) é um momento fundamental para que a sociedade brasileira possa
demonstrar o seu repúdio às propostas arbitrárias que o (des)governo Temer vem
apresentando e também às últimas votações na Câmara, que sinalizam para um
verdadeiro pacto em prol da retirada de direitos da classe trabalhadora.
Diante desse cenário inaceitável, de ameaças constantes, a Fetape
(Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do
Estado de Pernambuco) e a Fetaepe (Federação dos Trabalhadores
Assalariados e Assalariadas Rurais de Pernambuco) se unem à CUT e às
demais centrais sindicais do país, fazendo ecoar esse grito contra as reformas
da Previdência e Trabalhista e a Lei de Terceirização sancionada pelo
presidente.
A orientação é que os
Sindicatos filiados às duas Federações engrossem a paralisação, em todos os
municípios do estado, indo para as ruas junto com outros movimentos e
organizações do campo e da cidade. O diálogo com os trabalhadores e
trabalhadoras, demonstrando as perdas que acontecerão, caso alguma dessas
reformas seja aprovada no Congresso, é visto como estratégia fundamental neste
momento decisivo para a sociedade brasileira.
“Mais uma vez, temos que
demonstrar nossa força e capacidade de mobilização. Desde o início do ano,
estamos fazendo um trabalho de base, para que os homens e mulheres do campo
estejam cada vez mais informados e possam lutar, de forma consciente, por seus
direitos. No dia 28, vamos arregaçar as mangas e mostrar o poder da nossa
união”, destaca o presidente da Fetape, Doriel Barros.
As tentativas de desmonte da
Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT
são visíveis. Em relação à reforma da previdência há, segundo pesquisa do
instituto Vox Populi encomendada pela CUT e publicada no último dia 13, uma rejeição por 93% dos brasileiros. De acordo
com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a PEC 287/2016 (reforma
da Previdência), “escolhe o caminho da exclusão social”. Por isso, muitos
bispos e arcebispos, em todo o país, entre eles o da Arquidiocese de Olinda e
Recife, Dom Ferando Saburido, tem convocado a população a aderir à paralisação.
Já sobre o recém-aprovado
regime de urgência na tramitação da reforma trabalhista na Câmara dos
Deputados, o presidente nacional na OAB, Claudio Lamachia, dispara: “aprovar
uma reforma trabalhista controversa, de modo açodado, significa assumir o risco
de esfacelar completamente a solidez das instituições e os direitos
conquistados pela cidadania, a duras penas, nas últimas décadas”.
No que diz respeito à Lei da
Terceirização, o presidente da Fetaepe, Gilvan José Antunis, analisa:
“ela cria um ambiente favorável à efetivação de condições de trabalho
escravo, situação que temos combatido, há anos. Não podemos aceitar tantos
retrocessos! Não podemos permitir esse desrespeito à CLT – Consolidação das
Leis do Trabalho, que foi uma conquista histórica dos trabalhadores e
trabalhadoras. Por isso, estamos convocando todos os nossos Sindicatos para
essa grande mobilização nacional, que é Greve Geral do dia 28”.