O ex-presidente da
OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, voltou a ser preso
pela Operação Lava Jato na manhã desta segunda-feira (5), em São Paulo. Para o
juiz federal Sérgio Moro, há provas de que o empresário agiu para obstruir as
investigações.
Léo Pinheiro será levado de carro para a Superintendência da
PF, em Curitiba. Às 11h20, ele já tinha saído de São Paulo.
O empresário estava em liberdade provisória e foi alvo de um
mandado de condução coercitiva, também nesta segunda, na Operação Greenfield,
que investiga irregularidades nos principais fundos de pensão do país.
O advogado Edward de Carvalho, disse que está analisando os
autos e que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a prisão. Ele também
relatou que vai entrar com um pedido de habeas corpus.
O investigado já tinha sido preso na 7ª fase da Lava Jato, em
novembro de 2014 e foi condenado pela Justiça Federal, em primeira instância, a
16 anos e quatro meses de prisão acusado de cometer os crimes de corrupção
ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No despacho, Moro destacou que tramitam ainda diversas
investigações perante a Justiça do Paraná e perante o Supremo Tribunal Federal
(STF) envolvendo supostas irregularidades de Léo Pinheiro, especialmente
relativas a pagamentos de propinas a agentes públicos e políticos.
Entre elas, a investigação envolvendo suposto pagamento de
vantagem indevida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela OAS, com
supervisão direta de José Adelmário Pinheiro Filho, na forma de entrega e
reforma de apartamento triplex em empreedimento imobiliário. O ex-presidente
Lula nega as acusações.
Do G1