Citado indevidamente como um dos
deputados que ajudaram a desfigurar os projetos das dez medidas contra a
corrupção nos protestos em Recife, o Deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) emitiu
nota sobre o equívoco.
“Dediquei
a minha vida aos movimentos sociais e, como parlamentar há mais de 30 anos,
jamais votei contra a vontade ou contra a indicação desses movimentos”, inicia.
E segue:
“Dia 29 de novembro, votei a favor do Projeto de Lei que institui
as 10 Medidas contra a Corrupção, em respeito aos mais de dois
milhões de brasileiros que o subscreveram. Em razão disto, não votei nenhum
dos destaques apresentados a este Projeto, por entender que juízes,
promotores e procuradores, são cidadãos iguais aos demais brasileiros,
desnecessário se instituir na lei, o que estava nos destaques”.
Conclui
Gonzaga: “Lamentavelmente, nos movimentos deste domingo 04 de novembro, em
Recife, alguém que não sabe interpretar resultado de votação, colocou o meu
nome e a minha foto, juntos aos que votaram sim, pela aprovação dos destaques,
fato que me deixou muito triste, por ser acusado de algo errado que não fiz”.
Como a
coluna do blog registrou ontem, a alteração mais polêmica do texto, que
lista as situações em que juízes e promotores poderão ser processados, com pena
de seis meses a dois anos de reclusão por, por exemplo, apresentar ação de
improbidade administrativa contra agente público “de maneira temerária” teve as
bençãos de vários deputados pernambucanos.
Foram a
favor da mudança Cadoca, Jarbas, Kaio Maniçoba, Eduardo da Fonte, Fernando
Monteiro, Creuza Pereira, Danilo Cabral, João Fernando Coutinho, Marinaldo
Rosendo, Adalberto Cavalcanti, Jorge Corte Real, Zeca Cavalcanti, Sílvio Costa,
Ricardo Teobaldo e Augusto Coutinho.
Foram contra essa emenda Pastor Eurico, Severino Ninho, André
de Paula, Betinho Gomes e Daniel Coelho. Se absteve Wolney Queiroz. Gonzaga não
participou da votação dos destaques.