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Sertaniense morto no Rio de Janeiro será enterrado hoje (24), em Sertânia. Família pede justiça.

O sertaniense José Fernando Ferreira da Silva, 44 anos, morreu após ser atropelado por um carro na Rua da Gávea, Zona Sul do Rio, na última sexta (21). O homem que conduzia o carro é o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, 59 anos.
Segundo o telejornal global “Bom dia Rio”, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy perdeu o controle do veículo e invadiu a calçada. Chovia muito no momento do acidente.
Durante a manhã de sábado (22), os irmãos da vítima falaram sobre o caso. José Morava há dois anos aqui no Rio e trabalhava na obra da linha 4 do metrô na Gávea. “Me disseram que ele saio do trabalho às 22h30, estava atravessando no sinal quando o carro veio em alta velocidade. Chegaram a amputar uma perna dele, mas não resistiu”, disse Ernane Ferreira da Silva, irmão da vítima.
Ainda segundo Ernane, José era casado e tinha dois filhos. Outro irmão da vítima, Antônio Ferreira da silva, estava revoltado. “Meu irmão estava na calçada. Não vou deixar barato. Eles vão ter que pagar os danos que causaram”, disse.
O empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy recebeu alta do Hospital Miguel Couto na manhã de domingo (23). Preso em flagrante após atropelar o operário, Ivo que era mantido sob custódia no hospital, foi levado para a 14ª DP (Leblon), onde prestou depoimento. Ele deve ser transferido para um presídio.
Ivo Pitanguy sofreu traumatismo craniano e um corte na cabeça e foi submetido a uma cirurgia. Ele foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e embriaguez ao volante.
Apesar de ter tido alta pela direção do hospital, um médico e um psicólogo de Pitanguy foram na manhã deste domingo ao Miguel Couto, onde argumentaram que o empresário não tinha condições psicológicas de ser liberado. Esse é também o argumento defendido por advogados do motorista.
Nos últimos cinco anos, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy acumulou 70 multas, 14 delas por embriaguez ao volante, segundo informações da 14ª DP, que investiga o caso. Ao todo, o prontuário, de 23 páginas, soma 240 pontos. Em teoria, quem acumula 20 pontos em 12 meses tem a carteira temporariamente suspensa.
Após o acidente, o Detran do Rio informou a abertura de um processo para suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do motorista por ter atingido o limite de pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. No período de um ano encerrado em 21 de junho, ele somou 27 pontos. "Diante da gravidade do acidente, será aberto também um processo administrativo para que o condutor seja submetido novamente a novo exame prático para averiguar a sua capacidade de direção de automóveis", informou o Detran.
Na manhã de ontem (23), ao chegar à delegacia, o empresário falou ao Domingo Espetacular. Ele prestou solidariedade à família, mas errou o nome da vítima. “Sinto muito pela morte do operário Joaquim. O que a gente puder fazer, a gente vai fazer”.
A Justiça do Rio de Janeiro negou no sábado (22) pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado Rafael Almeida de Piro em favor do empresário.
O operário José Fernando Ferreira da Silva será enterrado hoje (24), às 16h, no cemitério Alto da Saudade, em Sertânia.
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