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Dos Banhos

As enchentes
Filhas esvoaçantes dos invernos
Pariam primícias
Ao fogo esfuziante
Dos moleques de Sertânia
No cardápio fluvial
Das crias do Moxotó
Às segundas os poços de Seba,
Às terças a Lagoa da Tripa,
Às quartas o Riacho do Serecé
Às quintas o Rio Piutá
Às Sextas o Açude Cachoeira,
Aos Sábados a Barragem do Alto do Rio Branco,
Aos Domingos o Açude Barra.
Os namoros n’ água
Eram permitidos aos adolescentes
Apesar de mal falado
Na língua das traíras
Que habitavam as margens das calçadas
De casas muito juntas
Que favoreciam o coito das fofocas.
Só não sabiam
O quanto era gostoso
o namoro n’água
Bom era o banho
Também os saltos mortais
boiar como um cisne bailando
nadar cachorrinho
mijar dentro d’água...
As piscinas
Eram os olhos azuis da menina
Eram a calcinha verde da menina
Melhor
(E até hoje nada que se compare
Ao que era, e, ainda ,é )
O namoro n’ água
Autor: Josessandro Andrade
Dedicado a: Oduvaldo Laet Vasconcelos (Chico de Wamberto)
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